A pílula do dia seguinte é mais uma engenhosidade humana para o alívio dos conflitos que a própria humanidade concebe. Ops! “conceber” não parece um termo adequado para o assunto em questão, já que o tal medicamento alivia o fardo de uma possível gravidez indesejada. Porquanto, se existirem todas as condições apropriadas, os espermatozóides, após adentrarem a genitália da mulher, saem em disparada ao encontro do óvulo e o fecundam imediatamente. A pergunta é: quem faz uso dessa pílula pode estar cometendo um 'aborto legal'? Pois o paradoxo é muito claro: um método "pré-conceptivo" que é "pós-aplicado".
Pelo visto, nos posicionarmos a cerca do aborto não é tão simples assim. A consciência dos envolvidos no coito desprotegido talvez repouse no fato de não saberem se há um embrião formado até o fim das 24 horas subsequentes ao ato sexual, não é mesmo? Mas, e se houver? Matar e expelir um embrião que tenha sido formado há apenas algumas horas não tem problema. Ou tem? Quantos são os que consideram que a vida começa no momento da fecundação? Os médicos garantem que um embrião recém-formado sequer tem um coração. Mas quem pode afirmar qual seria o "instante-já" da vida? A medicina ou aquele casal que colocou essa possibilidade em curso? Então, quando é que a vida começa? Seria com duas semanas de gestação? apenas quando os primeiros sintomas de gravidez são percebidos? somente com o nascimento? A resposta parece não ser fácil. Mesmo assim, nossa concepção sobre quando a vida se inicia vai determinar o que estamos fazendo ao utilizarmos a pílula engenhosa (ou outros métodos de "prevenção").
Menino, menino...esse assunto dá muito pano pra manga!
ResponderExcluirdá sim! mas é bom nos questionarmos, pq a gente vive fazendo coisas sem refletir sobre elas..
ResponderExcluir